O DIA DO SENHOR

Resultado de imagem para moça modestaUm dos Santos Padres da Igreja denominou o domingo:“Rei e Príncipe de todos os dias”. Outro opina que a vida sem domingo seria um grande deserto sem oásis. Certamente seria uma vida triste. Pode-se dizer que o domingo é como que a raiz da semana. De uma raiz boa e sã, brotam também galhos, folhas, flores e frutos sãos e bons. De modo análogo, a um domingo cristãmente festejado, sucede uma semana inteira de cunho cristão. Consiste a vida do homem em certo número de semanas, as quais trazem impresso o selo do valor que lhes comunica o domingo, por onde começam. Com muita razão se poderia dizer: assim como for o teu domingo, assim será também toda a tua vida. De que modo deverá, então passar o domingo, para que se torne uma fonte de bênçãos para a tua vida e para a eternidade futura? Eis uma pergunta de grande importância para ti.

1º – O domingo deve ser, antes de mais nada, dia de descanso.

O descanso dominical é uma necessidade para o corpo e para a alma. Poderá alguém trabalhar ininterruptamente, todos os dias, nos domingos e dias úteis, por um lapso do tempo; poderá fazê-lo mesmo durante alguns anos; mas, chegará com certeza o tempo em que as forças constantemente ativas entrarão a adormecer, ou se quebrarão de súbito.

O descanso que, à tarde se desfruta, após o trabalho diário, e um bom sono pela noite adentro, são de grande proveito para o corpo; mas, quanto à duração não bastam para estabelecer o necessário equilíbrio das forças. Os médicos sustentam mui judiciosamente que, para se manter em pleno vigor, além do pequeno descanso diário, de tempo a tempo, necessita o corpo humano de uma pausa e folga mais longa, um maior relaxamento das forças. Isto se aplica, sobretudo, aos tempos atuais, que, pela crescente concorrência em todos os domínios, despertam em quase todos os homens, até mesmo nos rapazes e nas moças, maior dedicação ao trabalho. Com seu descanso maior e mais longo repouso, é, portanto, o domingo uma verdadeira bênção para a nossa vida corporal. Lord Palmerston, conhecido estadista inglês, conservava ainda, na velhice, grande atividade e vigor, que ele principalmente atribuía ao fato de se haver sistematicamente abstido do trabalho dominical, em todo o percurso de sua longa vida. Continuar lendo

DO PRECEPTOR

Resultado de imagem para modestia pinturaA educação que se faz inteiramente no seio da família, será preferível à que, tendo começado sob a inspeção materna, vai terminar num pensio­nado? Não ousamos responder a esta questão. O ilustre bispo de Orleans, a quem a grande expe­riência dá tanta autoridade sobre o que diz res­peito à mocidade, não quer que a educação pública comece muito cedo, mas julga-a preferível à edu­cação privada.

Digamos todavia algumas palavras, acerca do preceptor, porque um certo número de mulheres cristãs, não querendo ver seus filhos subtraídos à sua solicitude, ou querendo a todo o transe sub­traí-los às escolas sem Deus, os confiam a um pre­ceptor encarregado de os instruir, e de os educar, sob os olhos de seus pais. Entre as crianças, que, durante o ano escolar, seguem o curso dum pen­sionado, um grande número são confiadas, durante as férias à vigilância dum mestre, que lhes repete as lições do colégio. Não é, pois, inútil dizer à mãe quais devem ser as qualidades do preceptor de seu filho.

A fé, tal é a primeira e a mais essencial das con­dições a exigir dum mestre. Não é a fé efetivamente o que um homem tem de mais precioso neste mundo, visto que sem ela é impossível agradar a Deus, e esperar os bens eternos? E não é tão necessária esta virtude, visto que a mulher cristã deve pri­meiro que tudo conservá-la intacta no coração de seus filhos? Mas quem o não vê? Um preceptor incrédulo roubaria tanto mais facilmente a fé a um jovem, quanto maior influência tivesse sobre ele. Não ousaria de certo professar a impiedade, ou o racionalismo, numa casa, onde se conservam, como o mais sagrado depósito, as tradições religiosas dos antepas­sados; mas de quando em quando deixaria escorre­gar algumas palavras de dúvida ou de desprezo; deporia dessa forma no coração dos seus discípulos algum germem fatal de incredulidade, e a increduli­dade é um vento ardente que seca quanto de virtude possa existir num coração de criança. Continuar lendo

ABANDONAR A DEUS É PERECER

Resultado de imagem para morte voltaireAntes da conflagração européia de 1914, o escritor francês Henri Lavedan, era também ateu fanático. Ninguém como ele, sabia zombar de Deus e da religião. Todavia, ao romper a guerra, chamado às armas, retratou sua incredulidade, em comovente confissão ao povo francês:

“Escarneci da fé e julguei-me sábio … Iludi-me, a mim e a vós, que lestes os meus livros e cantastes os meus versos. Foi uma miragem, uma embriaguez, um sonho vão. Abandonar a Deus é perecer. Não sei se amanhã estarei vivo. Mas aos amigos devo dizer: Lavedan não ousa morrer como ímpio. Rejubila, minha alma, pois tive a felicidade de viver a hora em que caí de joelhos para dizer: “Creio em Deus, creio, creio!”

Foi apavorante o fim de Voltaire, o patriarca da impiedade. As armas de seu atilado espírito, empregava-as literalmente para espezinhar a fé e a moral cristã. Seu lema era: “Écrasez l’infame!” (Esmagava a infame, isto é, a Igreja Católica). Incalculável o número dos que se tornaram imorais e descrentes por causa da leitura de seus livros. Com razão é chamado “Pai da incredulidade”. Duma feita, contudo, o furioso negador de Deus ficou gravemente doente. Mandou chamar um sacerdote e quis confessar-se. Antes da absolvição retratou publicamente, em escrito ratificado por duas testemunhas, suas calúnias contra a Igreja e a Religião, e exprimiu sua confiança no perdão divino.

Ora, Voltaire não morreu. Restabelecido de sua enfermidade, foi ao teatro. Representava-se uma de suas peças, e lhe haviam preparado pomposa recepção. Seu busto foi levado ao palco e adornado de flores e grinaldas. E no fim de tudo, um dos atores pôs na cabeça do próprio Voltaire, uma coroa de louros. Tão envaidecido ele ficou, que novamente abandonou sua conversão, voltou para a companhia dos ímpios, continuando a ser o que dantes fôra: um incrédulo zombador. Continuar lendo

UMA FONTE DE ENERGIA – ORAÇÃO

Resultado de imagem para rezando catolicaA oração é um colóquio de amor com Deus. A criança, que ama verdadeiramente os pais, gosta de falar com eles, manifesta-lhes tudo que agita o seu coração. Cada alegria que sente, vai logo comunicá-la à mãe, ou ao pai; expõe-lhes todas as suas dores; narra-lhes os seus receios; conta-lhes os seus interesses.

Se a criança passasse com seus pais um dia inteiro, sem lhes dirigir uma só palavra, teriam muita razão em se queixar: nosso filho não nos ama, pois se nos amasse seria mais comunicativo conosco. É o que dará contigo, jovem cristã, se amares a Deus e Vosso Salvador, verdadeiramente, e de coração, sentir-se-ás necessariamente compelida a falar com Ele, a entreter-se com Ele, isto é, a rezar. A oração é para ti um dever sagrado, que não hás de omitir um só dia sequer.

1º – A oração te enobrece.

Conta-se que a opala à luz solar por muito tempo, é penetrada tão profundamente pelos raios, que (esta pedra) se torna inteiramente luminosa, e na escuridão da noite, irradia uma luz brilhante.

A opala é a imagem da alma, que na oração, se põe em contato com o Altíssimo.

A alma, quando reza, entra em relação íntima com Deus, infinitamente grande, infinitamente perfeito e santo. A luz de Deus, os raios da Sua santidade e magnificência atuam sobre ela. Deus a alumia e a penetra cada vez mais com Sua graça, a atrai cada vez mais para si, eleva-a e a enobrece. A alma, pela oração, torna-se semelhante a Deus. Aqui, também, viria muito a propósito o brocardo: “Dize-me com quem andas e dir-te-eis quem és”. Continuar lendo

HAVERÁ FELICIDADE SEM DEUS?

Resultado de imagem para pensativoMais cedo ou mais tarde a vida te ensinará quanto vou afirmando; entremente, quisera que me acreditasses.

Sem fé, sem esperança, sem amor de Deus não há verdadeira felicidade para o homem. Por que? Porque a alma foi criada por Deus e para Deus, e nosso coração está inquieto enquanto não acha descanso no Criador.

A alma humana não pode encontrar a felicidade fora de Deus. Todo o universo está subordinado a leis próprias:

O astro não se detém, mas sem parar segue em sua órbita. O fogo só pode flamejar para o alto. A pedra vai unicamente para baixo. Experimenta misturar o óleo com a água; impossível, pois o óleo volta à tona. Tenta equilibrar água sobre azeite; impossível, ela desce. Tudo é regido pela natureza. Cada criatura move-se, turbilhona e procura seu lugar; a paz e quietude, só depois de acertar cada uma com sua posição natural.

Afasta a alma de Deus; ela fica desassossegada, agita-se, geme, procura, até encontrá-lo novamente.

Quando Lenau perdera a fé, difícil lhe foi descrever o vazio de sua alma desviada de Deus: O mundo era urna como cidade abandonada, varrida pela morte, ruas compridas e escuras, onde ele andava às apalpadelas. Em cada janela via o olhar tétrico da morte e da ruina … E escreve: Continuar lendo

AMOR DE DEUS

mocaMuitas jovens cristãs se têm distinguido por uma grande piedade, que consiste no amor de Deus e na fidelidade ao Divino Salvador. Estavam resolvidas a sofrer tudo de boa vontade, a sacrificar até a própria vida, para não ofenderem a Deus e se não tornarem infiéis ao Seu Salvador. A mártir Santa Susana brilhava em Roma pela alta nobreza do seu nascimento e pelos dotes excepcionais de espírito e de corpo. O Imperador Diocleciano desejava, então dá-la por esposa a seu cor-regente Galério Maximiano, e para este fim pediu-a ao pai. Dirigiu-se este imediatamente, à casa da filha e assim lhe falou:

– “Minha filha, compreendeste bem o valor e a superioridade de ser esposa de Cristo?”

– “Eu o conheço tão bem – replicou Susana – que em minha opinião, todas as coroas deste mundo nada são comparadas com Ele”.

Instou Gabino? “Julgas retamente. Mas, se o Imperador te destinasse para esposa de Galério, a dignidade de imperatriz não venceria o teu amor ao Salvador Crucificado? Serás, acaso, bastante forte, para preferir, por amor de Cristo, morte cruel a cingir a

coroa de Imperatriz?” Radiante de júbilo, respondeu Susana: – “Ah! meu querido pai, quanto não me sentiria feliz, se me fosse concedido sacrificar a vida por amor ao divino esposo, que derramou Seu sangue pela minha salvação! Nenhuma púrpura seduz-me, nenhum martírio me atemoriza!”

– “É o que provarás dentro em breve”, respondeu comovido o pai cristão, animando a filha, para o combate iminente. A todos os engodos e adulações, como também as ameaças e injúrias, Susana opôs inabalável firmeza. Os mais cruéis martírios, nem sequer um instante a fizeram vacilar no seu amor ao Divino Salvador. Não precisas, leitora cristã, sofrer pelo teu Divino Salvador, a morte violenta pelo martírio doloroso: deves, todavia oferecer-Lhe o primeiro lugar no teu coração juvenil; quer te chame Deus para o matrimônio, quer para o estado religioso ou para uma constante vida de solteira no mundo. Continuar lendo

SANTIFICAR A MOCIDADE

donz1º- Orna, donzela cristã, de virtudes a tua mocidade.

Para isto, deve o teu pensamento, antes de tudo, incitar-te para Deus. Quando desejas mimosear tua amiga com uma rosa, certamente, não lhe envias uma flor sem viço, cujas pétalas caíram em parte, antes escolhe a rosa mais fresca, mais viçosa e mais olorosa do teu jardim; pois, somente esta será recebida com gratidão, enquanto a primeira será desdenhosamente rejeitada. Do mesmo modo deverá proceder, donzela cristã, para com teu Deus. A mocidade é o tempo mais belo, mais florescente mais alegre de tua vida. Assemelha-se à primavera, na qual, por toda parte, na natureza, se agita uma juventude forte e fresca; inúmeras flores abrem a doce corola, o céu azul sorri por cima de nossas cabeças e uma exalação aromática nos envolve. Assim sucede agora contigo.

Como corre fresco e forte o sangue em tuas veias, como teus olhos cheios de esperança fitam o futuro, e como são elásticas as forças do teu espírito! Teu coração ainda não está dominado pelas paixões e se entusiasma por tudo quanto é elevado e bom. Na tua força juvenil e na tua inocência, tu és mil vezes mais bela que a mais formosa flor, de cujas pétalas pende uma gota de orvalho, onde brilha maravilhosa a imagem do sol.

Este tempo mais belo de tua vida não o deves negar a Deus, a quem tudo tens que agradecer, até a última gota de sangue de tuas veias e a menor fibra de teu coração; a Deus, para cujo serviço fosse criada e perante cujo tribunal hás de comparecer um dia, a fim de lhe prestar contas de toda tua vida, como também de tua mocidade; a Deus que te ama infinitamente e que encontra o Seu maior prazer nos serviços que lhe prestas na tua mocidade, e por isto Se inclina para ti cheio de graças e pede o teu amor sincero: “Minha filha, dá-me o teu coração”. (Prov. 23,26). Este teu nobre coração não o deves negar a Deus, para dá-lo ao mundo, que aproveita de ti e por fim te ilude; nem a uma paixão que te escraviza, cega e conduz ao caminho de perdição. Não, não! Tal coisa não pode, nem deves querer. Tem sempre em vista a admoestação do Espírito Santo: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade” (Ecl. 12,1). Alegremente e com entusiasmo deves consagrar-lhe o mais belo tempo de tua vida. De fato: somente aquilo que é mais belo, melhor e mais excelente é digno de Deus. Continuar lendo

PERIGOS DO MUNDO – TEATRO

Resultado de imagem para teatro pinturaGeralmente é imoral

Mesmo quando ele não fosse (e o é com freqüência) o acionamento de uma tese contrário aos princípios de uma santa moralidade, ainda quando não se achasse nele senão a pintura viva de costumes condenáveis, o jogo dramático das paixões humanas mais arrastadoras, nem por isso o teatro deixaria de ser um divertimento dos mais perigosos para uma jovem cuidosa de não criar de propósito, para a honestidade de sua vida, perigos e inextricáveis dificuldades.

As máximas mais falsas são nele correntemente aplaudidas, as paixões mais baixas são exaltadas, todas as desordens são pintadas e todas as fraquezas desculpadas. Nele ridiculariza-se por vezes a virtude ou procura-se torná-la odiosa; em compensação, o vício muitas vezes é coberto de flores. As instituições mais santas, os deveres mais sagrados da família e da sociedade são nele tratados com uma leviandade voluntária e um escandaloso desprezo. Como não haveriam tais espetáculos de ser condenados pela moral?

É uma ocasião de pecado

Tudo o que nele se vê e tudo o que nele se ouve é de natureza a leval ao mal. Os assuntos que nele se tratam são, muitas vezes, arriscados, os costumes que nele se vêem, a sociedade que nele se acotovela, aqueles cenários, aquelas luzes, aquela música, aqueles relatos apaixonados, aqueles enredos amorosos, tudo isso produz na imaginação de um jovem, no seu organismo sensível e nervoso, uma superexitação que cedo triunfará da sua consciência.
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PERIGOS DO MUNDO – A DANÇA

Resultado de imagem para dançaO que ela é do ponto de vista filosófico

Um prelado assim se exprime:

O Espírito Santo falou justo quando chamou à dança “uma vertigem, uma loucura”. Para apreciar bem essas pessoas que têm a paixão de rodopiarem e de fazerem momices compassadas, há só que as olhar tampando os ouvidos. Lord Byron compara os valsantes a “dois besouros enfiados no mesmo alfinete, em torno do qual giram, giram, giram”. Nunca, a não ser por motivos pouco definíveis, poderá a razão explicar-se que vantagem acha uma mulher sensata em fazer o exercício de uma enceradora de assoalhos, nos braços de um valsante que não é seu marido nem seu irmão.”

O que ela é do ponto de vista moral

Continua ele:

Sabereis, jovens, como proceder quando vós mesmas tiverdes filhas grandes a vigiar. Enquanto isso, deixai-me lembrar-vos a palavra de Job: “Os filhos dos homens gostam de saltar para se alegrarem ao som dos tamborins. E, enquanto se entregam aos transportes da sua alegria, descem ao inferno.” O texto original não diz precisamente “descer”, mas “escorregam e caem de repente”. De fato, embora não se cometa necessariamente um pecado mortal por dançar, o diabo que marca o compasso bem sabe aonde quer conduzir os dançarinos. Esses assoalhos encerados sobre os quais desliza facilmente são a imagem fiel do terreno perigoso em que a pessoa se acha.” Continuar lendo

PERIGOS DO MUNDO: AS OCASIÕES PERIGOSAS

Resultado de imagem para donzelaO que é a ocasião?

É uma pessoa, uma coisa, um lugar que podem levar-nos ao mal. O mundo é cheio delas, andais nele por entre as ciladas.

Tal pessoa é para vós uma tentação; para ela vos sentis atraída de maneira violenta e apaixonada. Alto lá!

Em tal casa sabeis que vossa virtude pode ser posta à prova; lá não vades! Alto lá!

Em tal reunião ouvistes várias vezes certos avisos da vossa consciência que vos dizia: Toma cuidado! Alto lá!

Tal leitura frívola ou profana vos perturba e sugere-vos mil pensamentos loucos, levianos, e vos lança em devaneios que não ousaríeis contar a vossa mãe: ao fogo com esse livro!

Imagens, quadros, estátuas podem ser para vós uma tentação: passai e não olheis!
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REMÉDIOS PARA AS TENTAÇÕES CONTRA A PUREZA

Resultado de imagem para tentaçãoOs Santos foram tentados e não se queixavam. Resistiam. Se, após algumas escaramuças, vos declarais fatigada, achando a luta dura demais e demasiado longa, é que nunca compreendestes esta palavra tão enérgica do apóstolo: “Na vossa luta contra o pecado ainda não resististes até o sangue!”

Sob a dentada das tentações, sabeis o que faziam os santos? Flagelavam-se, dilaceravam-se com cilícios e pontas de ferro, mergulhavam-se em tanques gelados, rolavam-se nos espinhos ou em carvões ardentes!

Eis aí, consoante a história, a que grau de heroísmo levavam eles a luta contra tentações terríveis. Deus não pede mortificações semelhantes. 

Pelo menos podeis reconhecer que o que Ele reclama da vossa fidelidade é bem pouca coisa em face de tais combates. Sucede, ainda, que esse pouco não se deve regateá-lo, e que o perigo aí está sempre para exigi-lo. Se importa não aumentá-loexagerando-o, também não se deve desconhecê-lo ao ponto de descurar os meios de vencê-lo.

O inimigo aí está; ronda incessantemente para empolgar a presa que ele cobiça. O esforço humano é insuficiente para triunfar dele sozinho, a vitória só de Deus pode vir.

Quais são, pois, nessa luta, os meios a que devereis recorrer e que, como auxílio divino sempre oferecido, assegurarão a derrota do inimigo?
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AS TENTAÇÕES CONTRA A PUREZA

Se esta virtude é bela, é também particularmente atacada. O mundo e o demônio se aliam, mobilizando contra ela todas as suas potências e todas as suas seduções. 

… Vós jovem cristã, agarrai-vos à Cruz de Jesus e, quando vier a tentação, haurireis na Cruz a força para resistir e a coragem para a vencer. Porque tereis de lutar! a tentação ai está que vos espreita e vos espera. Sobre esse assunto tão delicado, universalmente prático e ao mesmo tempo tão grave, precisais de idéias bem claras. 

Nessas horas críticas produz-se, geralmente, um emaranhado de pensamentos, de desejos, de lutas, de êxitos, de desfalecimentos, em que os sentidos, a imaginação, o coração, a vontade intervêm alternativamente; nesse labirinto aparentemente inextricável de atividades interiores convergentes ou opostas, muitos não sabem como se orientar, como se julgar, como conservar ou retomar a serenidade interior.

Em lendo estas linhas, e mais tarde quando a tentação vier agitar-vos, pairai pois acima desse campo de batalha íntimo; vereis melhor o papel que nele desempenha a vontade, e o que deve ser posto à conta da consciência nesses múltiplos assaltos.

a) Não vos admireis das tentações.

Raras são as almas que escapam a essa humilhante tortura; é como que uma inexóral necessidade. Coisa curiosa; temos vergonha de confessar essas misérias; imaginamos que os outros nunca tiveram de sentir essas dentadas dolorosas, e que basta sermos assaltado por uma tentação para ficarmos manchado!  Continuar lendo

O VALOR DO PUDOR!

jovemTalvez venham a zombar da tua atitude reservada, por não te sentires à vontade no meio de conversas estercorosas e de corares logo que ouvires uma palavra imprópria. Meu filho, orgulha-te disso! Orgulha-te de poderes corar!

O pudor em nós não é “criancice”, “ingenuidade”, “hipocrisia” – como eles dizem, – senão um ato de valor incalculável, uma arma recebida da natureza, que defende, quase sem que o percebamos, a parte mais nobre da nossa pessoa contra os maus pensamentos. Para o jovem o pudor, que defende quase instintivamente contra a impureza a sua alma delicada, é precioso tesouro.

É um poderoso dique contra as ondas da imoralidade, que todos os lados rebentam contra a nossa alma… Lembra-te desta bela máxima de Santo Agostinho: 

“Não odeies os homens por causa dos seus erros e das suas faltas, mas não estimes as faltas e os erros por amor dos homens”.

É covarde quem não sabe tolerar, contra as suas convicções, algumas contrariedades. Outrora débeis crianças, sem dizerem palavra e por amor de Cristo, se deixaram despedaçar por animais ferozes. Aos quatorze anos São Vito sorria ao mergulharem-no em azeite fervente – por amor de Cristo; e aos treze anos São Pelágio suportava que durante seis horas lhe arrancassem os membros, um após outro, – também por amor de Cristo. Continuar lendo

BELÍSSIMAS FOTOS DAS ORDENAÇÕES DA FSSPX EM ECÔNE

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

D. Bernard Tisser de Mallerais, bispo auxiliar da FSSPX ordenou 12 diáconos e 10 sacerdotes sendo 8 para a FSSPX e 2 para os Beneditinos de Bellaigues.

No dia da Festa dos apóstolos São Pedro e São Paulo, Dom Tissier de Mallerais procedeu a elevação ao diaconato de 12 clérigos (11 franceses e 1 espanhol) para a FSSPX.

Em seguida ele conferiu a ordenação sacerdotal a 10 diáconos para a FSSPX (5 franceses, 2 italianos e 1 canadense) e 2 para o Mosteiro de Nossa Senhora dos Beneditinos de Bellaigues.

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ELEVAÇÃO AO DIACONATO

D. Bernard Tisser de Mallerais, bispo auxiliar da FSSPX foi assistido durante a Missa Pontifical pelos Senhores padres Niklaus Pfluger e Alain-Marc Nely, respectivamente, primeiro e segundo Assistentes Gerais.

D. Tissier ordenou 12 diáconos para a FSSPX.Oremos pela perseverança destas vocações ao pé do último degrau para o sacerdócio.

Durante seu sermão, ele enfatizou o papel único do sacerdote, verdadeiro Alter Christus, mediador entre Deus e os homens. É extensivamente refletiu sobre a validade do novo rito de ordenação do desastroso Concílio Vaticano II … 

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10 NOVOS SACERDOTES PARA A SANTA IGREJA

Tissier de Mallerais ordenou 10 sacerdotes, sendo 8 para a FSSPX e 2 para beneditinos Bellaigues.Os três bispos da Fraternidade e 146 sacerdotes participaram da cerimônia impondo as mãos sobre os ordenandos.

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FOTOS DO GRUPO E AS PRIMEIRAS BÊNÇÃOS

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RELIGIOSIDADE EXTERIOR E INTERIOR

Sou religioso, sinceramente religioso; todavia, o que se passa entre Deus e mim, não o revelo aos outros. Isso não é da conta de ninguém! A vida religiosa é manifestação tão delicada da alma humana, que não se deve pô-la à mostra; cada um resolva o assunto consigo mesmo, em segredo, no seu íntimo. O principal é ser interiormente religioso; tudo o mais, exterioridades, formas, cerimônias, é de somenos importância…”

Assim falam muitos jovens, mesmo aqueles cuja religiosidade sincera e firme está acima de qualquer dúvida, mas que, todavia, não compreendem quão errôneo seja esse modo de pensar. E sabes porque tão dificilmente percebem o engano? Porque há muitas coisas verdadeiras em suas palavras.

“A religião é manifestação em extremo delicada de nossa alma”, dizem eles, e nisso têm toda a razão. “O essencial é a religiosidade interior!” Também está certo. Eu mesmo teria dificuldade em achar uma reprovação assaz forte para um homem que, por qualquer motivo, finge piedade exterior, imita práticas piedosas, enquanto sua alma está cheia de impureza, sem um pensamento religioso sério.

Tudo isso é indiscutivelmente exato. Sim, a religiosidade pode tornar-se mera exterioridade, cerimônia inanimada, se lhe faltar a vitalidade interior sincera. Religioso não é quem exalta com os lábios as glórias de Deus enquanto sua alma está bem longe. Religioso outrossim não é quem reza muito, vai à igreja, mas vive em pecado e tem o coração indiferente, duro para com o próximo. Tal religiosidade exterior é apenas uma caricatura, um escárnio da verdadeira idéia de religião, coisa muito própria a propagar um conceito errado de religião. Continuar lendo

AS VESTES À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA – PARTE 2

Este trecho é continuação da Parte 1

RESPONDENDO A ALGUMAS OBJEÇÕES:

1ª objeção: Vestes é uma questão secundária. O que importa é o coração.

RESPOSTA: Vimos já no primeiro folheto que Deus não pensou assim. Ele mesmo fez questão de cobrir Adão e Eva com túnicas depois que eles pecaram. Confira Gen. III, 21. Depois, na verdade, nós não dizemos que toda aquela que se veste de acordo com a virtude da modéstia tem forçosamente o coração bom e perfeito, e estará isenta de outras faltas. Em outras palavras, nós não queremos dizer que a modéstia seja tudo o que a pessoa deve ser, mas é uma das coisas necessárias para se agradar a Deus e até é uma das coisas pelas quais se pode conhecer a pessoa segundo declara a própria Bíblia no livro do Eclesiástico XIX, 27: “A Veste do corpo, o riso dos dentes e o andar do homem, dão a conhecer o que ele é“. Vimos no primeiro folheto que a modéstia é exigida por Deus na Sagrada Escritura e é com a convicção de coração no sentido de agradar mais a Deus e com empenho de fazer sempre o que está mais de acordo com a Sua vontade, que a pessoa deve se vestir com modéstia. O que importa é o coração reto que procura fazer o que Deus manda.

2ª objeção: Este negócio de vestes é relativo. Hoje, vestes que antes eram proibidas são permitidas e não impressionam mais.

modRESPOSTA: Diz a Bíblia Sagrada: “Os olhos não se fartam de ver“. Confira Eclesiastes, I, 8. É a concupiscência dos olhos de que faz menção o livro do profeta Ezequiel, XXIII, 14-16. Esta concupiscência dos olhos leva a pessoa a procurar ver sempre o pior. Assim, a veste desde que começa a ser menos decente, vai provocando desejos mais perversos. E a sensualidade embora encontrando o que deseja, nunca se satisfaz. Daí, de um lado, se compreende porque o mundo tende sempre a uma maior imodéstia nas modas. E, por outro lado, entende-se porque a Igreja sempre lutou por uma maior modéstia nos trajes. E antigamente exigia-se até mais do que o mínimo para impedir que as vestes fossem piorando sempre mais. E a medida que o progressismo foi dando liberdade, a coisa foi só piorando e vai piorar mais se todos os padres da Igreja não voltarem a combater a imodéstia como a Igreja sempre fez. Dizem que tudo é natural. Mas pelos frutos se conhece a árvore. O que nós estamos vendo é uma sociedade cada vez mais entregue aos pecados da carne. É o desprezo completo pelos mandamentos de Deus, que, no entanto, continuam e continuarão de pé. É o que diz o Salmo 110, 8: “Todos os seus mandamentos (Senhor) são imutáveis, confirmados em todos os séculos, fundamos na verdade e na equidade“. Continuar lendo

AS VESTES À LUZ DA BÍBLIA SAGRADA – PARTE 1

modestia 2Porque muitos padres não usam mais falar contra a imodéstia das modas, muitas pessoas, sobretudo as mais novas, ficam pensando que as exigências da modéstia são invenções dos padres tradicionalistas. Por isso, quero tratar deste assunto baseado na Sagrada Escritura, que é a palavra de Deus.

1 – Deus Criou Adão e Eva no estado de inocência, sem a concupiscência, isto é, sem o desregramento das paixões. Dai, antes do pecado, Adão e Eva estavam nus e não se envergonhavam. Confira a Bíblia Sagrada: Gen. II, 25. E eles conversam familiarmente com Deus. Mas a partir do momento em que pecaram, perderam a inocência, começaram a ter maldade e então, tiveram vergonha em se verem nus, e coseram folhas de figueira e fizeram para si cinturas. É o que se lê na Sagrada Escritura em Gen. III, 7. Foi o que eles puderam conseguir naquele momento após o pecado. Mas embora assim cobertos na cintura, se julgaram ainda nus, tiveram vergonha e se esconderam de Deus. Confira a Bíblia Sagrada: Gen. III, 9 e 10. E notai que o próprio Deus não achou também suficiente esta veste sumária. Eis o que diz a Bíblia em Gen. III, 21: “Fez também o Senhor Deus a Adão e à sua mulher umas túnicas de peles e os vestiu“.

2 – Consideremos bem isto, porque é uma ação do próprio Deus. Quem ousará contestá-la?! Se veste fosse assim algo secundário, Deus teria deixado a critério de Adão e Eva. Considere-se primeiramente, que Deus os vestiu assim com modéstia, embora fossem esposos e os únicos que existiam até então sobre a terra. Neste particular entende-se a palavra de S. Paulo que recomenda a modéstia “porque Deus está perto”. Confira Filipenses IV, 5. A pessoa deve se vestir com modéstia não só na igreja mas em toda parte. É claro que na igreja exigir-se-ão modéstia e decoro ainda maiores. São Paulo diz: “Do mesmo modo orem também as mulheres em trajes honestos, vestindo-se com modéstia e sobriedade“. Confira I Timóteo, II, 9. Considere-se também que Deus vestiu nossos primeiros pais com túnicas. A túnica, por sua própria natureza, é uma veste que satisfaz as exigências da modéstia, porque oculta inteiramente o corpo não só enquanto o cobre, mas também enquanto não deixa transparecer a sua forma. Continuar lendo

ENTRE LOBOS

Sabes, meu amigo, que coisa é não uivar com os lobos? Ora! Esta pergunta te espanta? No entanto, ela aponta o grande perigo que ameaça muitos jovens que têm, infelizmente, caráter fraco. Lembro-me a profunda impressão que me causou a história da covardia de Pilatos. “Não acho culpa nesse homem”, disse.

— Põe-te então no lado de Jesus acusado! Liberta-o! Defende-o contra o populacho! — Não, Pilatos não é capaz disso, porque lhe gritam ao ouvido que o acusarão diante de César. — Ah! junto a César? Então encerrarei minha carreira? — Pois que pereça Jesus, eu quero progredir!

Esta covarde falta de princípios repete-se na vida de tantos jovens… Eles gostam de sua religião e praticam-na, contanto que ninguém em sua presença pense diversamente. Pois, se alguém começar a zombar da religião, se um cabecinha de vento ridicularizar as coisas mais sagradas eles se retraem receosos, calam-se, envergonham-se: poderiam dirigir-lhes motejos, chamá-los de carola ou ingênuo… A princípio sorriem sem jeito, “para não ofender os de outra opinião”; com o tempo aceitam opiniões mais livres; por fim eles uivam com os lobos, isto é, por medo dos homens, renegam covardemente sua fé.

Bastava que refletissem um pouco: por amor a quem traíram a verdade? Pilatos fê-lo por causa do populacho; e eles? Por causa de uns tolinhos de cabeça oca.

Grandes idéias exigem mártires. É fácil filosofar em cômoda poltrona, junto à mesa posta ou à lareira confortável. Mas, a força de um ideal só se manifesta deveras quando em luta de vida e morte, quando a defesa dum princípio pede o sacrifício da riqueza, do bem estar, da família, da própria vida.

Bem podes orgulhar-te da fé católica, quando mais não o fizeres senão por ter proporcionado fortaleza a milhões de mártires, a fim de perseverarem mau grado as mais horríveis torturas. Continuar lendo

ONDE ESTÃO OS VERDADEIROS HOMENS?

homemEu estava em um parque de diversões com meus filhos recentemente, onde observei um rapaz e uma menina de mãos dadas. O casal não tinha mais de 15 anos. A garota levou o rapaz até uma barraca onde o objetivo era derrubar uma pilha de garrafas com uma bola de beisebol. Se você derrubar as garrafas, ganha um grande urso de pelúcia. Vi como a menina olhou para o namorado, sorriu e disse: “você pode ganhar um prêmio pra mim?” O garoto tirou $ 5, entregou a ela e respondeu: “ganha você”. Aquilo não era o que a garota tinha em mente. A garota insistiu com ele uma segunda vez, mas foi inútil. Ela acabou – com o coração partido – jogando a bola e saindo sem nenhum prêmio. A garota estava decepcionada, o rapaz foi um tolo e eu fiquei pasmo. Alguém precisa jogar uma bola é na cabeça desse garoto. Esta moça não tinha nenhum interesse em jogar um jogo bobo para ganhar um grande urso de pelúcia. Ela queria que esse rapaz ganhasse seu coração, mas ele falhou miseravelmente.

Quando se trata de amor e relacionamentos, eu acho que os rapazes perderam o jeito. Não saberia dizer quantas jovens incríveis e belas me perguntam: “Onde posso encontrar um homem bom?” Eu nunca tenho uma boa resposta para elas. Os rapazes não tem confiança na liderança de uma mulher (a menos que ele esteja levando-a para seu quarto). Certa vez, em um campus universitário, ouvi um padre iniciar sua homilia perguntando: “Quantas meninas nesta Igreja não foram convidadas para um encontro esta semana?”. Após analisar a porção de mãos levantadas, o padre passou o resto da homilia repreendendo os rapazes por não convidarem as moças para sair em algum momento.

Por que é tão importante que rapazes aprendam a conduzir uma mulher? Considere os seguintes pontos: Continuar lendo

TENHO CÁ AS MINHAS IDEIAS

abcUma das características da adolescência, dos 14 aos 18 anos, é o desejo desenfreado de individualismo. “Ninguém me dê ordens! A mim não agrada o que eu mesmo não concebi!”

Estes não são incrédulos, mas apenas doentes, com febre. Muitos jovens são atacados da febre, nesse período da vida, pois que não querem trilhar um caminho já palmilhado por outros, nem que fosse o próprio Salvador. Elaboram princípios, cada qual mais errado, só para não admitirem o que outros já aceitaram antes. Mais tarde, após alguns anos, já mais ajuizados e calmos, reconhecem que o caminho que leva a Jesus Cristo — muito embora milhões o tenham já trilhado — é a única via, sempre nova, fortalecedora, e que vale a pena ir por ela.

Cuidado, ó meu jovem! Nesses anos, não te tornes infiel à tua fé, só porque não foste tu quem a fez! Lembra-te que antes de ti houve espíritos insignes, que se ocuparam detidamente com as questões da vida, e se eles se submeteram humildemente à doutrina da fé católica, a fidelidade à fé em nada prejudicará tua independência.

Bem sei das dificuldades de compreender essa verdade para um moço, que considera questão de honra, ter uma interpretação individual do mundo, por meio de excertos tirados de obras filosóficas mal digeridas e de hipóteses científicas não comprovadas. A indiferença religiosa e a libertinagem facilmente disfarçadas com um pouco de verniz científico. O mundo em sua leviandade e perversão, chama “espirituoso” e “esclarecido” ao jovem que olha com desprezo sua fé, enquanto que alcunha de fanático quem a ela permanece fiel.

Se refletires um instante, perceberás logo a falsidade desse critério. A respeito disso, vou falar-te com toda a clareza. Em tua adolescência pode acontecer que sobrevenham dúvidas angustiantes acerca desta ou daquela verdade religiosa: “Nas aulas de religião aprendemos isto ou aquilo; e contudo, segundo os mais recentes resultados da ciência, isto ou aquilo não está certo!” Ou, pode suceder ainda que consideres como “antiquadas” ou “demasiadamente severas” algumas prescrições da Igreja. E ainda pode ser que, por causa de teus horizontes cada vez mais vastos, notes muitas faltas e fraquezas humanas, também nas instituições da Igreja. Continuar lendo

MODA: UMA TRAMA DIABÓLICA

Porém há “a moda“! dir-se-á. E, quando se pronuncia esta palavra, diz-se tudo.

A moda é uma deusa, uma divindade à qual se sacrifica tudo! Por ela a pessoa torna-se escrava de um costureiro de fama; por ela, sacrifica os seus gostos, e veste-se de maneira excêntrica; por ela, vestidos luxuosos, berrantes, arriscados, extravagantes em excesso; por ela não cora de se parecer com as “virgens loucas”; por ela fecham-se os ouvidos aos avisos que nos vêm da Igreja, autoridade a mais sagrada que há na terra. Por ela, pra “seguir a moda”, que é que se não faz?

A invasão desses vestuários indecentes tornou-se tão grande, que os Bispos se viram obrigados a publicar contra aquelas que não se pejam de arrastá-los até o templo de Deus…. até o confessionário… até a Mesa santa… punições que deveriam fazer tremer uma cristã… mas que não bastam para corrigi-la disso!

No seu número de 15 de outubro de 1924, a “Revue des objections” publicou uma série de instruções do Cônego Coubé sobre está questão mais do que nunca na ordem do dia. Citamos algumas passagens dela:

Depois da guerra, um vento de loucura tem feito virar muitas cabeças. Não creio que nas épocas mais depudoradas do paganismo antigo se tenha ido jamais tão longe na libertinagem do vestir. E me pergunto se as mulheres mais desmoralizadas de Roma e de Babilônia não tinham mais recato, ao menos em público, do que certas cristãs dos nossos dias.”

A rainha Vasthi, esposa de Assuero, que preferiu renunciar ao trono a renunciar à modéstia e ao pudor no seu afeite régio, certamente faria pena acertas emancipadas do nosso tempo e passaria aos olhos delas por uma pequena ‘otária’.” Continuar lendo

A EDUCAÇÃO DA VONTADE

123Três coisas têm grande influência sobre a vontade: o sentimento, a imaginação e o temperamento. Não somos totalmente senhores deles; o “livre arbítrio” do homem não é, pois, completo em nós. Tu mesmo deves ter notado que um dia te levantas triste e abatido, e que no dia seguinte, ao invés, estás tão alegre que terias vontade de dançar; e não podes dizer a razão nem do abatimento de ontem, nem da alegria de hoje.

O mesmo ocorre com a imaginação. De repente, e sem causa alguma, as recordações de um acontecimento passado emergem na tua memória, ou entãopor sob os vincos da tua fronte, idéias absurdas e imagens enganadoras se desenham. Donde vêm? Por que é que se apresentam naquele minuto preciso? Não saberias dizê-lo … E é de frequente que a nossa imaginação assim nos jogueteia, é a miúdo que nos mostra dificuldades imensas e obstáculos insuperáveis no caminho dos nossos trabalhos, para nos desgostar deles. Se tens um dente para mandar extrair ou tratar, não é o trabalho do dentista que é o mais doloroso; é a meia hora que passas na sala de espera, deixando livre campo à tua imaginação que te mostra, exagerando-o atrozmente, o sofrimento que te aguarda.

Pois bem, meu filho, se não somos totalmente senhores dos nossos sentimentos e da nossa imaginação, cumpre-nos entretanto tentar estender o reino da nossa vontade até à atividade deles; cumpre-nos velar sobre os sentimentos e tomar as rédeas à imaginação. Acordaste de mau humor? Não importa! Trata de sorrir e de cantar, já estarás vitorioso, – em parte ao menos.

Tens um trabalho de álgebra que fazer. Tua imaginação pinta-o sob imagens assustadoras: “Escuta, esse problema é tão difícil que vais suar frio!” Pois bem , contradize-a! Dize-lhe: “Não é verdade! És uma mentirosa, minha querida imaginação! A solução não é tão terrível assim; tu aumentas as dificuldades; para que pareçam maiores do que são … pois afronto-as”. Continuar lendo

DA VIRGINDADE

rezSão Cipriano (De disc. et hab. virg.) denomina a multidão de virgens que se consagram ao amor de seu Divino Esposo, de “a mais nobre porção da Igreja de Cristo”. Vários outros Santos Padres, como Santo Efrém, Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São Jerônimo, São Crisóstomo, escreveram livros inteiros em louvor da virgindade.

Não é minha intenção expor aqui todos os méritos e vantagens que adquirem as pessoas que consagraram a Deus sua virgindade; disso tratarei extensamente no capítulo IV da III parte, que trata do voto de castidade [que reproduzimos logo abaixo]. Aqui farei seguir, simplesmente, uma instrução para os que levam uma vida virginal sem terem emitido o voto de castidade.

As almas virgens são extraordinariamente belas aos olhos de Deus: “Serão como os Anjos de Deus no Céu” (Mat 22, 30). Barônio conta que na morte de uma virgem, chamada Geórgia, uma multidão de pombos adejavam ao redor da casa e, quando seu cadáver foi transportado à igreja, pousaram no teto, exatamente em cima do lugar onde se achava o caixão, e daí não se retiraram até ser sepultada a piedosa virgem (An. 480). Essas pombas certamente eram Anjos, que queriam prestar as últimas honras àquele corpo virginal.

As almas virginais, que renunciaram ao casamento para se dedicarem exclusivamente ao amor de Jesus Cristo, tornam-se esposas do Filho de Deus. Nos Santos Evangelhos, Jesus Cristo é chamado Pai, Mestre, Pastor das almas; referindo-se às virgens, porém, dá-Lhe o nome de Esposo: “Elas saíram a receber o Esposo e a Esposa” (Mat 25, 1). Por isso, tinha razão Santa Inês, respondendo, segundo Santo Ambrósio, aos que lhe ofereciam a mão do filho do prefeito de Roma: “Ofereceis-me um esposo? Já encontrei um muito melhor” (De virg., 1.. 1). Semelhante resposta deu Santa domitila, sobrinha do imperador Domiciano, aos que queriam persuadi-la a casar­se com Aureliano: “Dizei-me: a quem deveria escolher por esposo uma jovem pedida em casamento por um monarca e por um camponês? Para casar-me com Aureliano, teria de renunciar ao Rei do Céu. Ora, isso seria uma loucura inominável, que nunca praticarei”. E, firme nessa resolução, deixou-se queimar viva, para poder permanecer fiel a Jesus Cristo, a Quem consagrara sua virgindade.

Quem poderá imaginar a glória que Deus reserva a Suas castas esposas lá no Céu? Os teólogos são de opinião que no Céu existe uma glória especial reservada às virgens, uma coroa ou alegria particular, de que estão privados os outros Santos. Continuar lendo

O PRINCIPAL É A HONRA

honra“A qualquer credo pertenças, — nem sei se tens religião ou não — não importa, isso é secundário: o principal é ser honrado. Isso basta!”

Ouvirás por certo estes conceitos: “Isso basta!” dizem eles. O escritor francês Ségur, deu a respeito uma resposta lacônica: “Naturalmente, isso basta para não subir ao cadafalso; mas não basta para entrar no reino dos céus”.

Não quero, todavia, liquidar tão simplesmente uma questão assim importante. Não o quero, para que, apresentando-se-te a dificuldade, possas oferecer uma resposta oportuna a palavras tão ocas.

Em primeiro lugar pergunto: Se fosse coisa indiferente a religião à qual pertencemos, por que se teria esforçado Nosso Senhor por inculcar em nós o verdadeiro sentido da divindade e a maneira melhor de servir a Deus?

E pergunto mais: “O essencial é a honra? Admitido. Mas, poderá ser honrado quem não tem religião?”

Se responderes sem refletir, dirás: “Naturalmente que se pode! Senão, veja fulano e sicrano! Sei com certeza que nunca põem o pé na igreja, que se confessaram a última vez quando se casaram; no entanto, são cavalheiros sem jaça, da cabeça aos pés”.

Depois de madura reflexão, a resposta seria de certo bem diferente. Que haja “homens honrados”, “cavalheiros”, que, infelizmente, não se importam de religião, quem o poderia contestar? Contudo, se examinasses de perto o que eles entendem por “honra” e “cavalheirismo”, haverias de pasmar. Sua honradez se resume em geral na observância escrupulosa das prescrições da cortesia e educação exteriores e na omissão de tudo o que os poderia pôr em conflito com as leis civis. Continuar lendo

A MORAL SEM DEUS

santos1A moral é jóia tão indispensável à humanidade, que todos consideram sua defesa como absolutamente necessária. Por mais errados que sejam os conceitos de muitos acerca da religião, todos proclamam unanimemente a necessidade de proteger os bons costumes e de salvá-los, em prol da humanidade.

Mas esta é justamente a pergunta: pode-se falar de moral sem religião? Pode alguém ter bons costumes sem ter fé? Quando se instala a bússola num navio, procura-se isolá-la, o melhor possível, da influência de correntes magnéticas que poderiam provir da couraça do casco. A razão é a bússola da vida humana; correntes estranhas, oriundas do corpo — a inclinação para o mal — desviam-na facilmente e desgovernam nossa vida, se ela não estiver orientada para determinado ponto, muito acima de toda corrente de egoísmo e da ilusão própria. Se os homens, e não Deus, tivessem determinado o que é moral ou imoral, andariam muito mal parados a respeito da moralidade. Pois o que eu chamo pecado, com o mesmo direito outro poderia chamar virtude.

Portanto, quem não crê no Supremo Legislador, superior à natureza, quem não crê numa vida sobrenatural, depois da terrena não pode falar em moral. Em primeiro lugar deve o homem saber que é a criatura humana e quem é Deus; só então compreenderá o que deve fazer ou omitir.

Uma vida morigerada exige luta; não pode ser diversamente. Um colegial se exprimia assim: “Por que é tão difícil ser bom e tão fácil ser mau?” Não notaste ainda, e repetidas vezes, esse antagonismo trágico em teu coração? A razão reconhece o bem e o deseja; nossa natureza decaída, pelo contrário, arrasta-nos ao mal… Continuar lendo

UMA ANTIGA ATIVISTA DO “FEMEN” CONTRA O ABORTO

sara-winter-fbFonte: DICI – Tradução: Dominus Est 

A ativista feminista brasileira, Sara Winter (centro da foto), se arrependeu publicamente por ter se comprometido durante anos pela luta em favor do aborto.

“Eu cometi um erro enorme“, é o que declarou em dezembro de 2015 em sua página de Facebook, segundo relata a agência de informações americana Catholic News Agency (CNA), em um artigo publicado em 6 de janeiro.

A jovem era então conhecida como uma das fundadoras da filial brasileira do Femen, um grupo feminista radical onde um dos meios de ação, entre outros é de mostrar seios nus, particularmente em igrejas (veja DICI n°272 du 15/03/13). Hoje, se tornou “um emblema do ativismo homossexual e anti-cristão”, segundo a Wikipedia, e incentiva as feministas a “inspirar-se em religiosas” pois “protegem as vítimas de estupro ou jovens que estão esperando um filho, aquelas que se encontram em situações perigosas, oferecendo-lhes um teto e todo tipo de assistência “.

Sara Winter indica que o nascimento de seu filho mudou sua visão de mundo. “Peço perdão do fundo do coração (…) Na verdade, me faltava amor – o que mudou quando me tornei mãe -, um amor que me veio depois de uma profunda reflexão sobre o feminismo militante atual.” Um movimento pró-aborto que ela descreve como sendo dirigido por “homens ricos, motivados pela redução da população do país” e na qual “orgias, abuso de álcool, drogas e escândalos” são práticas comuns.

A GENEROSIDADE DA DONZELA CRISTÃ

donzelaÉ uma virtude altiva e corajosa, que imprime à vontade a força de resistir, de sofrer e de agir segundo o dever, segundo a fé e segundo Deus. Apesar das provações, das dificuldades, dos perigos, dos desânimos, ela segue seu caminho sem se deixar abater, sem desanimar, sem tremer; à maneira do sol, que segue o seu caminho acima das tempestades e que só desaparece à tarde para iluminar outros céus e renascer no dia seguinte.

O P. de Ravignam escrevia: “quero assinalar-me no serviço de Nosso Senhor, distinguir-me para Sua glória e para Seu serviço.” Tende, também vós, esta altiva paixão. Tendes recebido tanto de Deus, sede agradecida! Vós, que sois delicada com todos, sede-o sobretudo com Nosso Senhor: “Que devia eu fazer por vós que não tenha feito?”, diz-vos Ele… Não poderíamos também dizer-vos: “Quanta coisa poderíeis ter feito por Deus e não fizeste!…”?

A generosidade pode às vezes ser ajudada, sustentada por um temperamento feliz, por uma sensibilidade maior, pelas graças trazidas por uma vocação de escolha, mas antes de tudo é uma virtude que pede esforços, renúncias e lutas.

a)Sede generosa e forte no cumprimento do dever cotidiano

Sê-lo-eis facilmente um dia, uma semana; mas todos os dias, até à morte, dura muito! É preciso uma grande soma de energia para assim saber vencer-se sempre. No fundo, basta para isso ver em cada um dos acontecimentos que formam a trama habitual da vossa vida a mão de Deus e a sua santa vontade! Continuar lendo

FÉ JUVENIL — FÉ VARONIL

jovemÉ bem possível, — oxalá todos o conseguissem! Que tenhas podido levar, da meninice para a mocidade, são e salvo o teu maior tesouro, tua fé infantil: e conseguido vencer, sem maiores abalos, os escolhos e tempestades dos anos da adolescência. Infelizmente, ainda assim, não estás fora de perigo. Uma última e grande prova te espera: cumpre transformar tua fé juvenil em fé varonil.

Aqui é preciso mencionar o grande número de moços que perderam a preciosa jóia da fé, durante o período universitário, após a terem conservado intacta, apesar das tentações, no decorrer do curso secundário.

Ao entrar no mundo, tua primeira observação será, infelizmente, que a religião, na vida de muitos camaradas teus e na de muitos adultos, tem um papel de somenos importância, se não estiver de todo estiolada. Por toda parte hás de ver quão facilmente moços sem experiências se metem pelo caminho da descrença. Contudo, não conseguirás ver quantos, já velhos, depois de experiências amargas, voltam ao ideal perdido. E, todavia, assim é.

Kant o grande filósofo, em sua adolescência, descreu de Deus, do livre arbítrio, da imortalidade da alma, mas viu-se finalmente na obrigação de declarar isso tudo como verdades indispensáveis.

Virchow e Du Bois-Rayínond, outrora próceres do materialismo, deram-lhe as costas. Vehr. Wundt e outros sábios de renome consideram suas próprias obras materialistas como estultícia e pecados de juventude.
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