NA POLÔNIA, ALGO NOVO PARA A TRADIÇÃO

A l'Est, du nouveau pour la Tradition • La Porte Latine

Há muito tempo refreado, devido ao prestígio do Papa João Paulo II em seu país natal, o desenvolvimento da Tradição na Polônia conheceu um rápido crescimento nos últimos meses.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

27 de setembro à 1º outubro: um ambiente de estudos na Casa de Retiros Espirituais do Distrito da FSSPX em Bajerze, na Polônia, para uma formação pouco habitual e, no entanto, destinada a renovar-se. 

Seu público? Doze sacerdotes: 2 já ingressaram na FSSPX nos últimos tempos e outros 10 solicitaram a adesão à Fraternidade como sacerdotes “amigos” e estão, agora, em período de provação (que de acordo com os nossos Estatutos dura 2 anos).

Nestes dias, grande parte do tempo foi dedicada aos estudos: conferências do Superior do Distrito, Pe. Karl Stehlin, expondo a espiritualidade de Dom Lefebvre e o funcionamento da FSSPX, seminários sobre cuidados pastorais, canto e liturgia, etc. Mas houve também tempo para o lazer comum, para que os participantes pudessem sentir a força de uma fraternidade baseada sobre o mesmo ideal do sacerdócio católico. Essa é uma experiência importante para quem deseja ingressar em uma sociedade de vida comum – sem dizer que atuar sozinho na crise atual conduz inevitavelmente ao desânimo. Nos estatutos da Fraternidade São Pio X, eles descobrem, na sabedoria do nosso fundador – Mons. Marcel Lefebvre, uma regra simples que, no entanto, constitui uma proteção eficaz contra a aflição espiritual e um remédio insubstituível contra o espírito mundano que envenena a Igreja.

E é desse veneno que cada vez mais padres querem escapar. Se o prestígio do Papa João Paulo II há muito tempo limitou seu desenvolvimento (da Tradição) na Polônia, alguns padres já ingressaram na Fraternidade nos últimos anos. A profunda crise de algumas ordens religiosas onde a vida religiosa católica se tornou praticamente impossível não é a única razão. O pontificado de Francisco e a crise de Covid desempenharam papel de aceleradores. O escândalo da imposição da comunhão nas mãos seguindo as diretrizes sanitárias dos Bispos, a proibição brutal da celebração da Missa tradicional segundo o motu proprio Traditionis Custodes do Papa Francisco: estes foram os gatilhos que desencadearam a decisão de recorrer à Fraternidade São Pio X. Decisão criteriosamente ponderada por parte dos padres que já se interessavam pela Tradição, sabiam celebrar a Missa de sempre e, de fato, já a tinham em mente, em sua maioria, no contexto do anterior motu proprio Summorum Pontificum

O Padre Stehlin acaba de nos informar que, entretanto, chegaram outros 2 novos sacerdotes: 1 Palotino e 1 Redentorista. Há outros 4 padres diocesanos estão pensando seriamente em dar o mesmo passo. A chegada desses padres é uma bênção: desde 2020, o número de capelas da Fraternidade São Pio X na Polônia dobrou e novas capelas estão sendo abertas. A colheita é abundante e os poucos trabalhadores precisam dessa ajuda sacerdotal. Rezemos, portanto, para que estas Formações fomentem nestes corajosos sacerdotes o espírito da Fraternidade São Pio X, que não é outro senão o espírito que a Igreja sempre quis encontrar nos seus sacerdotes: o de pastores que encontram no sacrifício da Missa “com tudo o que ela significa, tudo o que dela procede, com tudo o que a complementa” (Estatutos da Fraternidade São Pio X) a fonte do seu zelo pela salvação das almas.

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UMA CURIOSIDADE: O Pe. Henryk Komenda, de São José do Rio Preto/SP, que é POLONÊS, passou por um discernimento semelhante a de seus conterrâneos e é agora também um padre “amigo” da FSSPX. O sacerdote já participou, recentemente, do Retiro Anual dos Padres e da Formação que a FSSPX ofereceu agora em novembro.