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Resultado de imagem para maria santíssimaPoucos serão os Santos que amaram a Maria Santíssima tanto quanto S. José Benedito Cottolengo, nascido em 1786 e falecido em 1842.

Repetia muitas vezes: “Oh! Como somos felizes em termos uma Mãe tão boa! Quanto a mim, depois de Deus, sei a quem devo amar;  é a minha Mãe é nossa Mãe, a Mãe de todos os homens. Se soubésseis quanto nossa Mãe é amável e admirável! É por ela que temos Jesus; é por ela que recebemos as graças; se não fosse esta boa mãe, que seria de nós, coitados?”

Cada vez que falava da bondade da Virgem Puríssima, o rosto resplandecia de doçura e alegria. Recomendava a todos a sua devoção. Não saia nem entrava em seu quarto sem se ajoelhar aos pés de linda imagem e pedir-lhe a bênção. Passando perante imagens fazia piedosa inclinação, saudando-as.

Tinha particular devoção a Nossa Senhora da Graças que um dia lhe dissera:

“Não temais, estarei sempre contigo para proteger-te”.

Gostava muito de rezar o terço e a ladainha lauretana. Punha em Nossa Senhora toda a sua confiança.

“Desta Senhora – afirmava ele – eu obtenho tudo o que desejo. Ela é boa que nunca me diz não”.

Em todos os aposentos da “Pequena Casa da Providência”, certamente o maior hospital do mundo, encontram-se imagens da Virgem Santa, com flores frescas e lindas. Mandou fazer um Santuário, onde recebeu todas as cópias de imagens que pôde obter de todo o mundo, revestindo com elas as paredes. E ali deviam vir todos os que podiam, para rezar e cantar-lhe hinos.

E Nossa Senhora, que é sempre boa, não podia deixar de auxiliar a seu servo fiel e devoto.

Vejamos alguns exemplos:

Em 1839, a Irmã Florina, encarregada da padaria, avisou ao Padre José Benedito que faltava farinha para o pão e que no dia seguinte não haveria mais uma migalha em toda a casa.

Entrou o Santo no refeitório, onde havia artística estátua da Mãe de Deus, fechou as portas, e de joelhos, entregou-se à fervorosa oração. Enquanto isso, um senhor bateu à portaria da casa. Estava ele ali com uma carroça, puxada por dois cavalos, carregada de sacos. E o homem disse: “Deram-me ordem de conduzir esta farinha”. E não quis dar outras explicações, e, desatrelando os cavalos, voltou com eles, deixando a carroça com os sacos.

O carro, que ficara no terreno, desapareceu assim que estava vazio, sem que ninguém soubesse como nem para onde.

Nossa Senhora atendera as orações do Santo.

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Noutra ocasião, achou-se a Pequena Casa novamente sem pão. Era pela manhã. Cottolengo fechou-se no quarto e prostrado aos pés de uma imagem da Virgem Imaculada, invocou-lhe a proteção, permanecendo em oração até meio dia. Ao toque do sino chegou um homem, nunca dantes visto, o qual, sem falar, entregou à portaria um montão de notas de dinheiro. Informado imediatamente de tal acontecimento o Santo exclamou logo: “A Senhora!” E logo mandou comprar pão e arranjar o que era necessário.

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Doutra vez veio a faltar o arroz. Uma cozinheira foi avisar o Santo. Este mandou-a acender a lâmpada de seu altarzinho de Nossa Senhora, e, passado meia hora, eis que um portador, a mando de alguém, trazia 15 sacos de ótimo arroz gratuitamente.

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Certo dia chegou um negociante de fazendas para cobrar vultuosas dividas. Cottolengo não tinha com que pagar.

Insistindo o credor, mandou-lhe dizer pela portaria que esperasse um pouco. E pôs-se a rezar. Durante a oração, sentiu-se inspirado a olhar para os pés da estátua. E eis que ali encontrou um pacote de moedas de ouro suficientes para pagar o débito e ainda mais.

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Outro credor, que não podia ser pago ficou furioso. O Padre conduziu-o consigo à igreja a rezar.

Enquanto recitava a ladainha de Nossa Senhora, chega uma carruagem e uma pessoa entrega à Irmã porteira duas bolsas, contendo uma moeda de ouro e outra de prata.

O Santo pagou a dívida, dizendo ao credor:

“Vês como Nossa Senhora logo nos ajudou?”

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Numa noite em que chovia a cântaros, o secretário do Santo veio falar-lhe que as coisas iam mal. Muitas contas a pagar e o cofre de esmolas estava vazio. Cottolengo, interrompendo a leitura, voltou-se para a imagem da Virgem, invocou-a cheio de confiança.

Passados alguns instantes, mandou ao moço que pegasse da lanterna e o acompanhasse a visitar o cofre das esmolas. Observou o jovem que era coisa inútil, pois que ele de lá viera havia instantes. Mas teve que obedecer. E a fé do Padre foi largamente compensada: O cofre estava cheio a transbordar de moedas de ouro e tão apertadas que não foi fácil terá-las.

Pôde assim liquidar todas as dívidas e arranjar víveres.

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 Em 1837, tendo saído Cottolengo às onze da manhã foi visto voltar depois da meia noite todo abatido e cansadíssimo. Foi ao quarto. Disse à Irmã porteira, que o quis consolar, que ele precisava de descanso. Que não atenderia ninguém. No quarto pôs-se a rezar à Virgem Santíssima.

Não se passara muito tempo quando se apresenta uma senhora muito distinta que desejava muito falar com o Santo. A porteira lhe dizia que não podia ser atendida. Insistiu a visitante, afirmando que o servo de Deus não seria incomodado com a visita, pelo contrário, ficaria muito contente. E o aspecto daquela senhora era tão doce e os seus olhos eram cheios de luz tão viva e cintilante que a Irmã porteira se viu forçada a fazer ciente o Padre daquela visita.

Chegando a senhora, onde ele estava, lhe entregou um anel com uma pedra preciosa, dizendo-lhe: “Isto servirá para pagar a dívida”.

Assim que a bela Senhora deixou a casa, a Irmã encontrou o Padre todo alegre. Perguntando-lhe quem era aquela visitante, respondeu o Santo: “A Senhora não é daqui da terra, veio de cima, fique sabendo que é Nossa Senhora”.

E contou-lhe que voltara todo abatido porque um credor o maltratara e o ultrajara publicamente na rua, porque não pudera pagar-lhe o que devia.

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Certo dia, novamente, as cozinheiras se queixaram que na despensa não havia mais nada. Que não poderia aprontar o jantar. O Santo retirou-se ao quarto e pediu socorro à Mãe de Deus. Enquanto estava rezando, apareceu um mensageiro avisando que os batalhões de soldados do quartel, que haviam prometido regressar aquela tarde de manobras, longe da cidade, voltariam somente no dia seguinte. A comida estava toda pronta. Se o Santo a quisesse para seu pessoal, o comandante lha enviaria.

O Servo de Deus, muito satisfeito, aceitou o presente, aliviando a casa toda.

Maria Santíssima é, de fato, muito boa.

 

Como Maria Santíssima é Boa! – Frei Cancio Berri C. F. M.