ON NE LÂCHE RIEN! – A GUERRA PELA FAMÍLIA CONTINUA NA FRANÇA

Milhares de franceses - mais de um milhão -, durante a manifestação contra o casamento gay em 2013

Milhares de franceses durante uma manifestação contra o casamento gay em 2013

Até quando devemos lutar contra a ruína de algo precioso, verdadeiro, natural? Até quando devemos lutar para preservar a nossa civilização, a nossa humanidade de todo o poder destruidor da cultura de morte? Devemos ser resilientes, devemos nos conformar com as batalhas perdidas de uma guerra fatal? Devemos, ao vermos os nossos representantes aprovarem algo imoral, nos calar, condescender, achando que uma vez votada, uma lei não pode ser alterada?

Diante dessas perguntas, podemos classificar no mundo de hoje dois tipos de “mobilização”. A primeira mobilização é a profissional, feita apenas para mostrar a força de um agente manipulador e onde os mobilizados, ou manipulados, não possuem nenhuma convicção profunda de que aquilo que eles estão defendendo ou pleiteando realmente é bom. Vimos isso recentemente na Polônia, onde milhares de jovens manipulados por meios de comunicação financiados por grupos internacionais, especialmente pela Fundação Open Society, foram às ruas contra uma lei que tornava o aborto, que lá não é legal, ainda mais difícil – e só para constar, foi o medo de uma guerra aberta entre os defensores da lei, que são a maioria esmagadora da população, e os contrários que fez com que o Parlamento não a aprovasse, e não as manifestações em si, como disse a imprensa brasileira.

A segunda mobilização é a convicta. Nela não há financiamento de grandes grupos, não há a propaganda dos veículos de comunicação, não há o glamour por se estar lutando por algo em voga na dita sociedade evoluída. Não, muito pelo contrário! Essa mobilização é feita por pessoas simples – e não simplórias -, pessoas que, depois de uma semana de muito trabalho, encontram tempo para lutar contra a irracionalidade de um mundo sem Deus, de um munde onde muitos chamam as trevas de luz, e a luz de trevas. Essa mobilização não tem o impulso dos milhões de dólares que fundações que lutam contra a luz despejam em grupelhos profissionais, ela não conta com a propaganda gratuita da mídia, muito pelo contrário, pois o que lhe resta é apenas a perseguição, a demonização, a censura, a ridicularização, a caricatura, e tudo isso vindo de pessoas que se dizem muito democráticas e defensoras da liberdade de expressão!

Esse tipo de mobilização é feita por quem realmente sabe o que está em jogo em todas as ideologias hoje implementadas através do mundo. Esse tipo de mobilização é feita por gente disposta a lutar até o fim, custe o que custar, pelo bem da humanidade.

Na França podemos encontrar essa mobilização convicta na Manif pour tous, que, em contraponto à mobilização profissional Mariage pour tous, tomou as ruas do país em 2012 e 2013 contra a lei Taubira, que instituiu o “casamento gay” nas terras de São Luís.

E por que a Manif pour tous pode ser considerada uma mobilização do segundo tipo? Simples, mesmo a lei Taubira tendo sido aprovada no parlamento, as pessoas não voltaram “para casa”, não se dispersaram, não largaram mão do combate, as pessoas continuaram a gritar o slogan “on ne lâche rien”, continuaram e continuam a gritar que elas não cederão.

E por não terem se dispersado, hoje, dia 16 de outubro de 2016, quatro anos depois da primeira manifestação em Paris, os franceses que lutam pela família e a criança voltam às ruas para mostrar sua determinação em uma guerra onde realmente não podemos ceder jamais, eles voltam às ruas para mostrar aos políticos aproveitadores – pois lá também há aos montões – que eles não fazem parte dos manipulados que, uma vez terminadas as campanhas ou aprovadas certas leis, se dispersam sob o mantra de que devemos aceitar o “resultado”. Não, senhores, não há aceitação de resultado quando se fala de destruição da família. Não há aceitação de resultado quando o que está em jogo é a comercialização da criança por meio da GPA. E é justamente por isso que hoje estamos nas ruas novamente, e dizemos “estamos” porque, em espírito, acompanhamos os franceses nessa batalha.

Batalha que começou com o “casamento gay”, com a teoria de gênero, e que agora se estende sobre uma de suas consequências lógicas, que é transformar uma criança em mercadoria, pois, como dois homens ou duas mulheres não geram uma criança, a lógica então é burlar a natureza e criar crianças em um processo de mercantilização, onde um fornecedor – no caso, uma mulher disposta a alugar seu útero -, em troca de um montante de dólares ou euros, gera uma criança – a mercadoria – que será entregue depois de nove meses, e tudo isso com a manipulação em laboratório para que a criança seja perfeita. Deus do céu! A criança, fruto natural do amor complementar de um homem e uma mulher, está se tornando uma mercadoria que todos se julgam no direito de comprar, um produto de luxo para garotões mimados.  

É contra essa monstruosidade, essa loucura que está nos tornando cada vez mais bárbaros, que hoje os franceses estão de novo nas ruas.

Por isso, só nos resta saudá-los, desejando-lhes fé, determinação e resistência: Vive la France! Vive le Christ, Roi de la France! On ne lâche rien!