QUANDO DOIS APÓSTOLOS DA MISSA, D. LEFEBVRE E PADRE PIO, SE ENCONTRAM

Pio

Em 27 de março de 1967, em San Giovanni Rotondo, o Padre Pio recebeu a bênção de Mons. Lefebvre, que foi lhe pedir orações. Os dois religiosos foram animados pelo mesmo amor pela Missa e pela Igreja.

Fonte: La Porte Latine – Tradução: Dominus Est

O Embaixador da França junto à Santa Sé, Wladimir d’Ormesson, deu seu testemunho sobre uma Missa que assistiu, do Padre Pio:

Digo isso porque é verdade. Nunca na minha vida assisti a uma missa tão comovente. E, no entanto, muito simples. O Padre Pio agia apenas de acordo com os ritos tradicionais. Mas ele recitou os textos litúrgicos com tal clareza e convicção, tal intensidade emanava de suas invocações, seus gestos – por mais sóbrios que fossem – eram de tal grandeza que a Missa assumiu não sei quais proporções e se tornou – o que na realidade é e o que muitas vezes esquecemos que é – um ato absolutamente sobrenatural.[1]

Não foi em um piscar de olhos da Providência que o grande defensor da Santa Missa tradicional, Mons. Marcel Lefebvre, encontrou o Padre Pio? A 27 de março de 1967 (segunda-feira de Páscoa) Mons. Lefebvre, Superior Geral dos Espiritanos, foi a San Giovanni Rotondo para pedir-lhe que rezasse pelo Capítulo Geral de sua Congregação.[2]

A implementação forçada de reformas pós-conciliares estava em pleno andamento. Neste ambiente revolucionário, o Capítulo Geral não correu o risco de ser conduzido a um desastre? O Superior Geral dos Capuchinhos acabava de fazer o mesmo pedido que fez Mons. Lefebvre ao Padre: “Rogai pelo nosso Capítulo geral capuchinho que se abrirá em breve para redigir novas constituições.” Diante dessas palavras, o Padre fez um gesto colérico, exclamando: “Não são mais que intrigas e ruínas![3] E quando novas constituições foram anunciadas, Padre Pio teria tido a mesma reação brusca: “Mas o que estão fazendo em Roma? O que estão tramando? Querem mudar até mesmo a regra de São Francisco!”

No entanto, a conversa entre o prelado, acompanhado pelo Pe. Bárbara e outro padre, e o padre Pio apoiado por dois capuchinhos, foi muito breve e simples. O padre estigmatizado prometeu rezar pelo Capítulo Espiritano. Quando Mons. Lefebvre, movido por sua veneração, pediu sua bênção, o Padre Pio respondeu: “Não, Monsenhor, cabe ao senhor me abençoar! Foi assim que Mons. Lefebvre implorou a bênção celestial ao Padre Pio.

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Um excelente e interessante post a ser lembrado: SAN GIOVANNI ROTONDO CEDE, DE FORMA PERPÉTUA, A MITENE DE PADRE PIO À FSSPX

Notas:

  1. Padre Pio – O estigmatizado, Yves Chiron, Edições Tempus Perrin, 2004, pág. 248
  2. Lefebvre – Uma vida, Bernard Tissier de Mallerais, Clovis, 2002, pág. 391-392
  3. Reação relatada pelo Pe. Jean, Capuchinho de Morgon, na Carta aos Amigos de São Franciscon ° 17, 2 de fevereiro de 1999; Fideliter n° 129, pág.52