O PRIMEIRO MÁRTIR DA EUCARISTIA

tarcisioEra nos primeiros tempos do cristianismo. Os cristãos eram perseguidos, lançados às feras, mortos.

Quase todos procuravam antes receber a santa comunhão.

Os sacerdotes tinham de esconder-se porque eram os mais procurados pelos inimigos.

Um dia, depois de celebrar os divinos mistérios nas catacumbas, o padre, voltando-se para os fiéis reunidos, mostrou-lhes a Hóstia e disse:

– Amanhã muitos dos nossos serão conduzidos às feras. Quem de vós, menos conhecido que eu, poderá levar-lhes secretamente o Pão dos fortes?

As estas palavras aproxima-se um menino de dez anos, chamado Tarcísio, que parecia ter roubado aos anjos a pureza da alma e a formosura dos rosto; e, ajoelhando-se diante do altar, estendia os braços para o sacerdote sem pronunciar palavra, parecendo querer dizer:

– Eu mesmo levarei Jesus aos irmãos encarcerados…

– És muito pequeno – disse o padre – como poderei confiar-te tamanho tesouro?

– Sim, padre; justamente por ser eu pequeno me aproximarei dos mártires sem que ninguém desconfie.

Falava com tanto ardor e candura, que o padre lhe confiou os “Mistérios de Jesus”.

O pequeno, radiante de alegria, aperta ao peito o seu tesouro e diz:
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MENINOS MÁRTIRES

comunO acontecimento, que vamos narrar, passou-se na Rússia, nos piores tempos do comunismo que vem varrendo do seu território todas as religiões, mormente a católica.

Numa vila, perto de Petrogrado, havia um asilo de órfãos com uma capela católica.

Os vermelhos (comunistas) fecharam a casa alegando que não havia recursos para sustentá-la e expulsaram o capelão.

Aqueles maus soldados tiveram a sinistra ideia de converter a capela em salão de baile e, como a mesma estava fechada, resolveram arrombar a porta e profanar o que havia dentro.

Tomaram essa resolução numa cantina, onde casualmente três meninos católicos ouviram a conversa.

Compreenderam que se tratava de profanar a casa de Deus e logo tomaram a resolução de defendê-la do melhor modo que pudessem.

À noite, os três meninos e mais alguns colegas seus penetraram na igreja por uma janela e montaram guarda junto ao altar.

Os soldados, tendo arrombado a porta e penetrado na capela, ordenaram que os meninos saíssem imediatamente. Nenhum, porém, se moveu nem se arredou do seu lugar. Continuar lendo

UMA MISSA… UM CAVALHEIRO… UM RETRATO

retraSaberão as almas quando se dizem missas por elas?

Mônica, uma jovem muito boa e piedosa, está convencida que sim. Era ela uma pobre criada, que ganhava o pão servindo nas casas dos ricos, simples, cheia de fé, contente com o tratamento e o pequeno salário que lhe davam, pois Deus a fizera abnegada e sabia que a Ele se pode servir em qualquer ofício.

Mas um dia adoeceu e não teve remédio senão internar-se no hospital dos pobres. Depois de seis semanas deram-lhe alta; perdera, porém, o emprego e não sabia onde refugiar-se, débil e sem recursos. Uma moeda de prata era toda a sua fortuna; mas seu coração estava cheio de confiança em Deus. Toma a sua moeda e manda celebrar uma santa missa pelas almas do purgatório, a fim de que elas lhe consigam uma boa colocação. Ouviu a missa devotamente. E aquela mensagem chegou ao destino…

Ao sair encontrou-se com um senhor, que, aproximando-se, a saudou e disse:

– Soube que a senhora procura um emprego; aqui está o endereço de uma casa onde a receberão. Deu-lhe, em seguida, o nome da rua e o número da casa, e desapareceu. Ficou Mônica perplexa, sem saber que pensar nem como explicar tudo aquilo. Como podia saber aquele senhor que ela procurava um emprego, visto que não comunicara a ninguém o seu desamparo? Continuar lendo

AS MISSAS PELO PAPAI

meninaRefere o Pe. Mateo, apóstolo da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que estando na Inglaterra em tempo de muito frio, preparava para a primeira comunhão um grupo de crianças de seis a nove anos.

– Dizei a vossas mamães que estou pregando o reino do Sagrado Coração e que vós haveis de ser seus missionários.

Depois que acabei de pregar, veio uma menininha e disse-me:

– Padre, meu pai nunca vem à Igreja. Vou contar à minha mamãe o que o Sr. nos disse e eu nunca perderei a missa.

Eu lhes havia pregado sobre o Coração de Jesus e pedido que me ajudassem a salvar almas ouvindo uma ou mais missas.

A menina, chegando a casa, disse à mamãe que todos os dias iria ouvir missas por seu pai.

– De manhã faz muito frio, filhinha.

– Não faz mal, mamãe, preciso fazer algum sacrificio para salvar a alma de meu papai.

– Bem, faça como quiser.

Três meses depois encontrei-me com a mesma menina.
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O MENINO QUE FOI ENFORCADO TRÊS VEZES

palesEstamos na Palestina, pátria de Jesus, onde se disse a primeira Missa e os Apóstolos fizeram sua primeira comunhão…

E que é hoje a Palestina? Terra de desolação, de maometanos, cismáticos, judeus e poucos católicos.

Um menino cismático de oito anos começou a sentir-se atraido à religião dos católicos, a seus cantos e festas que lhe contavam seus companheiros.

Um dia quis ir ver. Com muito segredo, por temor dos pais, assistiu à missa numa capela.

Ficou encantado. Depois da missa continuou ali com as crianças do catecismo.

Terminada a cerimônia, o Padre, que não o conhecia, aproximou-se dele para saudá-lo carinhosamente.

O coração estava ganho, e o menino, às escondidas, continuou a ouvir a missa todos os domingos. Um dia, porém, o pai o descobriu e perguntou-lhe:
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O PAJEM SALVO PELA MISSA

pajemTinha S. Isabel de Portugal um pajem muito virtuoso e piedoso a quem encarregava de distribuir suas esmolas. Outro pajem, que ambicionava aquele cargo, por ser muito invejoso, acusou-o junto ao rei de um grande crime, de um pecado muito feio. Acreditou o rei nas mentiras do pajem perverso e resolveu matar o pajenzinho da santa rainha.

Ordenou a um homem, que tinha um forno de cal, que lançasse ao fogo o primeiro criado que chegasse para informar-se se haviam cumprido as ordens do rei.

Em seguida mandou o pajenzinho que fosse levar o recado ao dono do forno. O rapaz partiu imediatamente; mas, ao passar por uma igreja e ouvindo tocar para a missa, resolveu ouvi-la antes de ir adiante.

Enquanto a ouvia, o rei, impaciente de saber se tinha morrido, mandou o pajem caluniador que fosse perguntar ao homem do forno se havia executado a ordem do rei.

Correu tão depressa que chegou primeiro ao forno e, dando o recado, o homem imediatamente o lançou ao fogo.
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SEJAMOS RETRATOS DE DEUS

sagradoNão podemos viver profanando e manchando a imagem divina que trazemos em nossa alma. Nosso dever é trabalhar em todos os momentos de nossa vida e com todos os auxílios que recebemos de Deus, para conseguirmos que êsse retrato divino seja cada dia mais semelhante ao modêlo que temos diante dos olhos. O nosso modelo consumado é Jesus Cristo.

Quem é Jesus Cristo? É o mistério da pobreza… Apresenta-se no mundo num estábulo. Repousa sobre duras palhas num mísero presépio… Chama a si os pobres: com eles se ajunta e quer que formem a corte do novo reino que veio fundar neste mundo.

Quem é Jesus Cristo? O mistério do trabalho… Encerra-se numa oficina e trabalha para comer o pão amassado com o suor do seu rosto… Anda de cidade em cidade, espalhando a doutrina da verdade e a semente da perfeição. Ele mesmo afirma que não tem uma pedra para repousar a cabeça…

Quem é Jesus Cristo? O mistério da verdade… Fala em toda a parte. Fala das doutrinas mais elevadas. Trata dos problemas religiosos, os maiores que jamais foram tratados no mundo. Ouvem-no seus inimigos, procurando surpreender nele algum erro… Não o conseguem. Ele é o único homem em cujos lábios jamais apareceu a sombra fatídica do erro e do engano.

Quem é Jesus Cristo? O mistério do amor… Amou até à abnegação mais absoluta, amou até o sacrifício, amou seus verdugos, seus inimigos, amou até fazer-se nosso alimento, amou até à morte da cruz…
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O CEGO À BEIRA DA ESTRADA

Eustache_Le_Sueur_003Jesus, acompanhado de seus discípulos, após longa caminhada, estava para entrar na cidade de Jericó.

À beira da estrada, não muito longe das habilitações,estava um cego sentado, pedindo esmola. Aquela estrada, uma das mais frequentadas pelos peregrinos, era, certamente, um ponto bem escolhido pelo cego para estender a mão aos transeuntes.

Naquela hora, porém, a esmola que ia receber não era apenas grande, era maior que podia desejar em sua vida.

Ouvindo o tropel de gente que passava, perguntou:

– Que movimento é esse? Quem é que está passando?

– É Jesus de Nazaré, disseram-lhe.

Jesus. Aquele nome não lhe era desconhecido; pelo contrário. Já ouvira falar de muitos milagres operados por ele.
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O MOÇO RICO

Jovem-ricoDirigindo-se a Jesus, pergunta-lhe:

– Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?

– Se queres salvar-te, cumpre os mandamentos, isto é, não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honrarás teu pai e tua mãe e amarás ao próximo como a ti mesmo.

– Tôdas essas coisas tenho observado desde pequeno; que é que me falta ainda?

– Para sêres perfeito, vende tudo quanto tens, reparte-o pelo pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem a mim e segue-me.

– Eu, Mestre?- Sim; virás comigo; andarás de cidade em cidade, de uma aldeia a outra.

– Sim, Mestre, é belo!

– Teus vestidos terão, como os meus, o pó vermelho dos caminhos. Comerás, como os meus discípulos, o pão vindo da esmola… Por enquanto, vai, vende o que possuis e, pobre e humilde, vem comigo, e não penses mais no teu amanhã.

– Mas, Mestre, é tão difícil…

– Achas?… Vai rico e volta pobre, eis tudo… Continuar lendo