03 DE OUTUBRO – DIA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

História da autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus – Santuário  Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face

No dia dessa grandiosa Santa, disponibilizamos abaixo alguns links sobre ela:

COMO MANTER A PACIÊNCIA?

A VIA MARIANA DA “PEQUENA TERESA” NO FIM DE SUA VIDA

CURA A SANTA TERESINHA

EDITORIAL DA REVISTA PERMANENCIA NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE SANTA TERESINHA (1973)

A VIA DA INFÂNCIA ESPIRITUAL

TERESINHA, TEMPLO DE DEUS

SANTA TERESINHA, POR GUSTAVO CORÇÃO

NA IMITAÇÃO DE TERESINHA ESTÁ A SALVAÇÃO DA HUMANIDADE

A VIA MARIANA DA “PEQUENA TERESA” NO FIM DE SUA VIDA

Convosco sofri e desejo agora, cantar em vosso colo, Maria, porque vos amo, e repetir para sempre que sou vossa filha! “.

Santa Teresinha de Lisieux- Porque vos amo, ó Maria.

Fonte: Bulletin de la Confrérie Marie Reine des Cœurs n° 214 – Tradução: Dominus Est

Entre as amizades espirituais e sobrenaturais da “Pequena Teresa”, um ser “ocupa um lugar especial”. É “a Santa das Santas, a Virgem Maria” (1). O fim da sua vida foi inteiramente mariano: “contentemo-nos em ver a enferma viver com a sua Mãe”, nos últimos meses da sua vida.

Em maio de 1897, “ela escreveu tudo o que desejava dizer sobre Maria em seu importante poema Por que vos amo, ó Maria”. Foi o seu testamento mariano. Ela até mesmo esboçou “um plano de sermão que ela gostaria de ter proferido se tivesse sido padre”. Provavelmente, o conteúdo deste sermão se assemelharia à sua poesia mariana: “Enfim, disse em meu Cântico tudo o que gostaria de pregar sobre Ela” (2).

A Virgem ajuda Teresa a meditar: “Olhando para a Santíssima Virgem esta noite, compreendi (…) que Ela sofreu não apenas da alma, mas também do corpo. (…) Sim, Ela sabe o que é sofrer… Mas, seria talvez errado querer que a Santíssima Virgem tenha sofrido? Eu, que A amo tanto!”. Ela aproveitou, dessa forma, de seu sofrimento para se unir à sua Mãe. Ela explica isso em sua poesia: “Meditando vossa vida no santo Evangelho, atrevo-me a vos olhar e aproximar-me de vós, acreditando que sou vossa filha, o que não é difícil para mim, pois vos vejo mortal e sofredora como eu”. À Madre Agnès, que já lamentava vê-la morta, respondeu sem hesitar: “A Santíssima Virgem, de fato, segurou o seu Jesus morto em seu colo, desfigurado e ensanguentado! Foi algo diferente do que você verá! “. Que realismo! Continuar lendo

03 DE OUTUBRO – DIA DE SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS

História da autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus – Santuário  Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face

TERESINHA, TEMPLO DE DEUS

(No dia 11 de julho de 1937 encerrava-se em Lisieux o 11° Congresso Eucarístico Nacional da França com a consagração da Basílica dedicada a Sta. Teresinha.

O Papa Pio XI, devotíssimo da santa, tencionava pessoalmente presidir as cerimônias. Devido ao precário estado de saúde não conseguiu realizar o seu ardente desejo.

Enviou, então, como Legado Papal, o Cardeal Eugênio Pacelli, o futuro Papa Pio XII. Da admirável alocução do Cardeal Pacelli na consagração da Basílica destacamos o trecho onde enaltece Teresinha).

Tradução de Maria Helena Pinto Fraga

AS ROSAS PARA PIO XI

No alto da nova basílica, brilha a cruz triunfante iluminada pelo sol de junho. No alto do edifício espiritual é também a cruz que a vós se oferece na pessoa do Papa representada, aqui, por seu humilde delegado.

A cruz, porque “se todos que piedosamente querem viver no Cristo sofrem perseguição” são particularmente penosas para o coração do Pontífice atual e lhe arrancam queixas pungentes e solenes protestos as que, em diferentes países, sofrem seus filhos. Mas, nem a violência sacrílega das massas encegueiradas por falsos profetas nem os sofismas dos doutores da impiedade que desejariam descristianizar a vida de todos puderam vencer a resistência e aprisionar a palavra e a pena deste intrépido ancião.

No entanto, e bem o sabeis, fazem alguns meses que a seus sofrimentos morais somaram-se sofrimentos físicos. Nesses dias, a grande família católica por inteiro, de um extremo a outro do mundo, voltou-se com filial ansiedade para o leito de sofrimento do Pai comum prostrado por dores agudas suportadas com grandeza heróica e sobrenatural, com coragem viril e cristã. Cada manhã seus olhos acompanhavam os telegramas dos jornais; cada noite seus ouvidos abriam-se para o jornal falado difundido pelo rádio; pela manhã e à tarde e mesmo durante a noite uma oração constante partindo dos lábios e do coração de 300 milhões de fiéis animava o mundo a elevar-se, com o incenso de sacrifícios, diretamente ao coração de Deus. Invocava-se esse Coração divino pela intercessão de sua Mãe “a suplicante toda poderosa”, invocavam-se pela intercessão dos santos e das santas, sobretudo daqueles que parecem ser os canais das graças milagrosas. Assim foi principalmente ela a invocada, esta querida santa de Lisieux, por quem o Papa, e se sabia, sentia tão terna e confiante devoção. E veio a consolação depois da cruz. Quando a Igreja festejava a ressurreição do Senhor, a doença alivia o cerco e o Pontífice como que ressuscitando para uma nova vida, surpreende o mundo com a publicação quase simultânea de três Encíclicas. Continuar lendo

COMO MANTER A PACIÊNCIA?

Teresa de Lisieux – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fonte: Le Sainte-Anne n ° 336 – Tradução: Dominus Est

Já perto do final de sua vida, Santa Teresa do Menino Jesus admitiu ter recebido percepções (inspirações) particulares sobre a caridade fraterna. Três meses antes de sua morte, ela escreveu: “Este ano, minha Mãe querida, o bom Deus me concedeu a graça de compreender o que é a caridade; antes a compreendia, é verdade, mas de forma imperfeita” (manuscrito C, 11v). Não devemos nos surpreender com este aprofundamento de uma noção que é tão fundamental, nem pensar que Santa Teresa só descobriu ou começou a praticar a caridade fraterna no último ano de sua vida! Mas, como observa o Padre Philipon O.P.: “Os santos estão sujeitos à lei do progresso, personificam até mesmo sua realização mais viva; sua vida é uma ascensão contínua.”

As percepções (inspirações) que o bom Deus concede às almas generosas não são, aliás, meramente especulativas. Os conselhos que Santa Teresa dava às noviças sob sua tutela incluem considerações muito práticas, que se beneficiam de uma experiência e de uma sabedoria crescentes. Como, então, podemos mostrar-nos sempre caridoso? Que “táticas” adotar? Na verdade, não é difícil imaginar que a paciência, por vezes, seja duramente testada em uma comunidade fechada de cerca de vinte mulheres! Como manter a calma ou evitar um comentário provocativo que tanto contribuiria para uma turbulência interna diante das repetidas indelicadezas de uma ou de outra?

Santa Teresa procurava primeiro mostrar como eram frágeis os julgamentos humanos. Ela mesma tinha sido objeto de “correções fraternas” por atos muito delicados de caridade mas que haviam sido mal interpretados. Era fácil mostrar que as intenções mais profundas de uma alma estavam escondidas de outros, e que os atos externos não permitiam medir os esforços feitos, nem mesmo notar todas as vitórias obtidas contra uma natureza rebelde ou a luta contra as circunstâncias, por vezes complexas – e mesmo dolorosas. Quantas situações dolorosas são ignoradas até mesmo pelos mais próximos! Se o bom Deus quis um julgamento geral(final), foi para revelar todas as coisas e demonstrar a justeza de seu governo providencial, perfeitamente medido pelas disposições e méritos de cada um. Entretanto, a palavra de ordem de Nosso Senhor é bem conhecida: “Quero sempre ter pensamentos caritativos, porque Jesus disse: Não julgueis e não sereis julgado” (C 13v). Além disso, é muito mais encorajador ir além da amargura que cega para perceber as qualidades e os bons exemplos que nunca faltam ao nosso redor! Continuar lendo

A VIA DA INFÂNCIA ESPIRITUAL

Santa Teresinha do Menino Jesus |

Nosso Senhor diz aos seus Apóstolos: Se vos não converterdes e vos não tornardes como meninos, não entrareis no reino dos céus1. São Paulo acrescenta: o Espírito Santo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus2, e nos aconselha freqüentemente uma grande docilidade ao Espírito Santo. Esta docilidade se encontra particularmente na via da infância espiritual, recomendada por muitos santos e, ultimamente, por Santa Teresa do Menino Jesus. Esta via, tão fácil e proveitosa para a vida interior, é muito pouco conhecida e seguida.

Por que pouco seguida? Porque muitos imaginam erroneamente que esta é uma via especial, reservada às almas que se conservaram completamente puras e inocentes; e outros, quando lhes falamos desta via, pensam em uma virtude pueril, uma espécie de infantilidade, que não poderia lhes convir. Estas idéias são falsas. A via da infância espiritual não é nem uma via especial nem uma via de puerilidade. A prova é que foi Nosso Senhor, ele mesmo, quem a recomendou a todos, mesmo àqueles responsáveis pelas almas, como os Apóstolos formados por Ele3. 

* * * 

Para se ter uma visão de conjunto da via da infância espiritual, é preciso de início notar suas semelhanças e, em seguida, suas diferenças com a infância corporal. 

As semelhanças são patentes. Quais as qualidades inatas das crianças? Em geral, elas são simples, sem nenhuma duplicidade, são ingênuas, cândidas, não representam, mostram-se tais como são. Ademais, têm consciência de sua deficiência, pois precisam receber tudo de seus pais, o que as dispõe à humildade. São levadas a crer simplesmente em tudo o que dizem as suas mães, a depositar uma confiança absoluta nelas, e a amá-las de todo seu coração, sem cálculo. 

Quais as diferenças entre a infância ordinária e a infância espiritual? — A primeira diferença é notada por São Paulo: Não sejais meninos na compreensão, mas sede pequeninos na malícia4. A infância espiritual se distingue da outra pela maturidade do julgamento e de um julgamento sobrenatural inspirado por Deus.  Continuar lendo

EDITORIAL DA REVISTA PERMANENCIA NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE SANTA TERESINHA (1973)

História da autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus – Santuário  Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada FaceJulgamos oportuno dedicar um número inteiro de PERMANÊNCIA à memória de Thérèse Martin (2 de janeiro de 1873) que entrou no Carmelo de Lisieux com quinze anos de idade, e pronunciou os santos votos em 8 de setembro de 1890. No mesmo mês recebeu o hábito com o nome de Soeur Thérèse de l’Enfant-Jesus et de la Saint Face. Viveu somente sete anos a vida obscura e silenciosa de uma pequenina religiosa ignorada do mundo, rejeitada pelo mundo, mortificada, morta antes de morrer porque nunca escolheu nada entre os nadas do mundo, tendo escolhido TUDO da Santa Vontade de DEUS. Deixou por obediência um caderno de apontamentos onde registrou os pequeninos passos, ínfimos, quase imperceptíveis, de uma vida exterior insignificante. Esse caderno, depois de sua morte, foi publicado pelas freiras de Lisieux com o título “História de uma Alma”. E aqui começa uma outra história, a desse livro, que pode sem nenhum exagero ser considerada um dos espantosos milagres do século que terminava engalanado, estrepitoso, iluminado para festejar as grandezas de uma civilização desviada de Deus. Misteriosamente, incompreensivelmente, milagrosamente o insignificante livro de uma história insignificante, que facilmente poderia ser afastada como convencional ou como presunçosa, começa a difundir-se, aos milhares, aos milhões, e chega em pouco tempo até os confins do Extremo Oriente. Mas o milagre ainda maior foi o de ter sido compreendido, diríamos quase adivinhado, por carvoeiros, cozinheiros, por padres, por Papas e até por intelectuais. Muitos desses leitores descobriram o segredo profundo de Teresinha, o segredo da santidade, a grandeza da pequenês, a glória da humildade, e todos os demais paradoxos da Cruz, sinal de contradição, de tropeço e de escândalo. O sucesso explosivo, humanamente inexplicável da pequenina carmelita de Lisieux foi uma resposta de Deus ao estardalhaço dos homens.

Nas matinas de Natal a Igreja rezava (ainda reza?) o Salmo II com que a Esposa de Cristo muito visivelmente respondia às insolências do mundo: “Quare fremuerunt gentes: et populi medittati sunt insânia?” E adiante: “Aqueles que habita nos céus se rirá deles”, se rirá dos poderosos que se coligaram contra o Senhor. Continuar lendo

CURA A SANTA TERESINHA

Imagem relacionadaA devoção tenra e filial de Santa Teresinha a Maria Santíssima e a maternal proteção  que Nossa Senhora dispensou à Santinha são sumamente tocantes.

Nascida de pais totalmente católicos e piedosos, aprendeu a amar a Virgem desde criancinha. Invocava-a com amor e carinho. Visitava-lhe as imagens e os santuários dedicados a ela com sumo prazer. Enfeitava-lhe os altares; fazia novenas.

E Maria não tardou em manifestar-lhe seu carinho de Mãe.

Aos dez anos de idade foi Terezinha atacada por uma dor de cabeça esquisita. Andava tonta e fazia-a tremer em todo o corpo. Os queridos de casa ficaram alarmados. O pai mandou rezar uma novena a Nossa Senhora das Vitórias.

Certo domingo a dor atingiu o auge. Teresinha teve uma crise terrível, e não reconhecia ninguém. Suas irmãs cercaram-na e de quanto em quanto se ajoelhavam diante de uma imagem de Nossa Senhora, pedindo compaixão pela doente. Teresinha, deitada perante uma linda estátua da Virgem sempre bela, banhada de suor e com ânsia indizíveis, exclamou:

Acorde-me, mãe do Céu, acorde-me!

No mesmo instante o rosto da menina, antes pálido, distendeu-se num sorriso luminoso, e de uma expressão indefinível:

– A Virgem me sorriu! A Virgem me sorriu!

E Teresinha estava completamente curada. E a quantos lhe perguntavam como fora, dizia:

A Virgem caminhou para mim sorrindo. E estava tão bela, que eu esqueci a morte e fiquei boa!

Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri C. F. M.