UM DIA TU TAMBÉM HÁS DE CRER

Pin on HistóriaUm jovem, cheio de vida e de ardor, esperava pelo trem que devia conduzi-lo à frente de combate.

Sua irmã, agarrada ao braço, com que não querer deixa-lo partir, murmurou ao ouvido:

– Tu me queres bem irmão?

– Podes duvidar disso?

– Então deves me fazer um favor; e não digas não.

– Que desejas, joaninha; farei tudo o que pedires; que queres?

– Quero pregar esta medalha de Nossa Senhora no forro do teu casaco e tu vais prometer-me que nunca a tirarás…nunca, entendestes?

– É só o que desejas? Sabes que não creio nessas superstições, mas para ver-te satisfeita…

–  Eu creio, que um dia também hás de crer.

O trem chegou. Um abraço, um beijo e o jovem soldado pulou para o vagão.

O comboio retomou o seu percurso…e desapareceu. A mocinha, com o coração a partir-se de dor, voltou para casa.

Um dia do mês de Agosto de 1916, os austríacos tomaram de assalto o território comandado pelo jovem capitão.

A maioria de seus soldados tombaram e ele de pé gritava animado: “Viva a Itália!”

E o combate continuou. Soldados corpo a corpo lutavam bravamente. O inimigo teve que fugir, mas o capitão foi atingido em pleno peito.

Correram em auxílio. Levaram-no para o hospital de sangue. Tiraram-lhe a farda para examinar o ferimento e com surpresa verificaram que o capitão não estava ferido.

– Milagre! Milagre! Gritaram os enfermeiro. Realmente, tratava-se de um fato extraordinário. A bala atingira a medalha, partindo-a ao meio. A farda apresentava queimaduras, mas o corpo do bravo militar não sofrera nenhum arranhão,

Poucos meses depois, o nosso capitão já promovido a major por mérito da guerra, sua irmã Joaninha, seus pais e alguns parentes estavam aos pés da Virgem, agradecendo juntos duas grandes graças: a de ter sido salvo da morte e a de estar completamente convertido.

Agora, como bom católico, acreditava em Deus e amava a Virgem que lhe fizera tanto bem.

Como Maria Santíssima é boa! – Frei Cancio Berri